A campanha do Janeiro Branco foi criada em 2014 em Minas Gerais e idealizada pelo psicólogo Leonardo Abrahão. Ele trabalhava percorrendo as ruas com um grupo de psicólogos abordando pessoas. O objetivo era suscitar a importância de cuidar da mente da mesma forma que cuidar do corpo. Também acabar com certos pensamentos limitantes historicamente lançados por alguns de forma errônea e preconceituosa que trazem a idéia que psicólogos só cuidam de loucos.
O preconceito como causa da desinformação evidencia um retrocesso no processo fundamental do trabalho em Saúde Mental no Brasil. O termo Saúde Mental sugere tratamento preventivo para evitar agravamentos de quadros de ansiedade, depressão entre outras situações de vida enfrentadas por todos justamente para evitar a evolução e consequente adoecimento. Nesse sentido, seria buscar a manutenção do equilíbrio, bem estar e qualidade de vida.
No tocante à alusão à folha de papel em branco é que o mês de janeiro simboliza um recomeço e a possibilidade de escrever uma nova história diferente da vivenciada no ano que se foi. A campanha completa 10 anos de existência e o tema escolhido é bem sugestivo: Saúde Mental enquanto há tempo! O que fazer agora? O principal objetivo é contribuir para a construção e fortalecimento de uma cultura da Saúde Mental que estimule a elaboração de políticas públicas em benefício da saúde mental das pessoas. Cabe a seguir algumas dicas para manutenção de uma boa Saúde Mental:
Prática de exercícios físicos – ajudam a diminuir a ansiedade enquanto liberam diversas
substâncias no cérebro e no corpo trazendo prazer em praticar. Reduz o estresse, dores,
previne a depressão fortalecendo a autoestima. As endorfinas os chamados hormônios do bem estar, melhoram a qualidade do sono, trazem sensações de paz e tranquilidade, descontraem o corpo, combatem o estresse e ativam o sistema imunológico.
Tire um tempo pra você – pratique autoconhecimento, seja amoroso com você, faça pausas dentro do seu dia, pratique meditação.
Mantenha boas relações – ser responsável, buscar pensar positivamente, ouvir mais o outro e ser empático, ser grato, praticar aceitação, arranjar tempo para seus relacionamentos.
Não tenha medo de pedir ajuda – desconstrua a idéia de sentir-se inferior ou não querer incomodar. Ao invés disso perceba que temos limites que quando ultrapassados podem ser diferenciais entre viver e morrer. Pedir ajuda nos torna mais honestos e empáticos e mais preparados para o momento em que tivermos que ajudar alguém.
Faça Terapia – fazer terapia pode ser um grande passo para ser a versão mais saudável de si mesmo e melhorar a qualidade de vida. Trabalhar autoconhecimento, abandonar hábitos destrutivos, resolver sentimentos dolorosos, melhorar relacionamentos com as pessoas e com você mesmo. Terapia é libertário!
Sônia Borges – Psicóloga Clínica.
