Educação e a perversão das “fake news”.

Nosso texto de hoje é sobre algo muito triste ocorrido no domingo passado durante um evento armamentista onde nós brasileiros tivemos outra vez a infelicidade de tomar conhecimento. Nós professores fomos comparados a traficantes de drogas. Segundo palavras insanas de alguém que me nego veementemente a proferir o nome movida por tamanha indignação onde referia-se aos profissionais da Educação como “professores doutrinadores” e afirmava que os professores são piores que traficantes já que adentram aos nossos lares causando discórdia. Coube aos parlamentares presentes providências cabíveis diante do fato mais que lamentável, ultrajante que denigre de forma abusiva a integridade profissional do professor. Fatos como este devem e merecem severidade e aplicação da lei, pois discredenciar e criminalizar a atuação de um profissional da Educação é inaceitável. Não cabe aqui fazer qualquer menção política ou partidária, pois enquanto rádio comunitária somos apolíticos e apartidários. Contudo, faz-se necessário falar de nossa indignação enquanto professora, apresentadora, profissional de saúde mental e mulher empreendedora que cumpre seu papel na sociedade com ética e profissionalismo. A classe dos Professores tem sofrido ataques de todas as maneiras nos últimos anos, com baixos salários, adoecimento mental devido às péssimas condições de trabalho e ainda assim permanece firme, dedicando-se ao magistério e pagando infelizmente até com a própria vida. Professores são assassinados dentro das salas de aula literalmente como resultado de um sistema onde inexistem políticas públicas voltadas para garantir sua integridade física. E se assim ocorre, e se é fato, cabe manter a integralidade da lei e mediante à aplicabilidade da própria Educação, buscar através da informação, criar dispositivos que possam fortalecer a visão real do papel do professor sem esteriótipos ou rótulos que tentam de forma vil forjar uma identidade contrária a que na realidade é vivenciada por cada um desses profissionais em seu cotidiano. Professor é sinônimo de resistência nos dias atuais quando deveria ser simplesmente respeito às diferenças, agente de construção de conhecimento e por aí vai…Nesse sentido, decidimos resgatar o pensamento do grande mestre Paulo Freire, considerado Patrono da Educação brasileira, quando pregava que a Educação devia ser um processo bilateral, em que o professor também é aluno. Ele entendia que um aluno dotado de senso crítico vai captar o que é passado em uma mensagem falsa (FAKE NEWS) e ver o que está por trás disso, com que interesse foi produzido, em qual contexto. Nesse contexto, expressamos aqui nossa indignação e o desejo de mudanças nesse atual cenário de abuso de poder e desrespeito aos humanos. Que a Educação no Brasil possa ser compreendida e vivenciada por todos observando a importância desses profissionais que são responsáveis pelo crescimento profissional de todos!

Sônia Borges.

Facebooktwitterlinkedininstagramflickrfoursquaremail

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *