Setembro Amarelo

Setembro chegou e com ele a necessidade de falar sobre um assunto que está deixando a população angustiada porque tem causado um aumento significativo dos indicadores de suicídios. Várias são as causas elencadas e vão desde um evento traumático como, por exemplo, bulling, assédio e depressão. Contudo, preferimos começar falando sobre a importância de falar sobre isso. Na verdade falar a respeito das coisas que nos afligem é sempre importante e libertário. A campanha do CVV – Centro de Valorização da Vida para o Setembro Amarelo, mês da prevenção do suicídio, é “Falar é a melhor solução”. E porque seria? A primeira razão é a quebra de tabus e o enfrentamento do problema. O suicídio é uma questão de saúde pública, que leva 32 brasileiros por dia, mais do que o HIV ou muitos tipos de câncer, por exemplo. Especialistas apontam que é possível prevenir o suicídio, desde que a sociedade esteja munida de informações e conhecimento. Por isso, é preciso falar. A sociedade em geral precisa reconhecer sinais, diferenciar mitos e verdades, ouvir profissionais e ter acesso a formas de apoio, como o próprio CVV. Falar também é a melhor solução quando enxergamos pelos olhos de quem pensa em suicídio. Em comum, essas pessoas sofrem uma grande dor e não veem saída para ela, chegando a pensar no suicídio como uma forma de “matá-la”. Em geral, quem pensa em suicídio não quer necessariamente morrer, mas fazer aquela dor sair sem saber como. Nesse sentido, falar torna possível expressar nossa dor assim como agimos com outros sentimentos aliviando o peso sem ferir a outros ou a nós mesmos. Tá doendo, pesado demais pra levar sozinho? Procure ajuda: pode ser desde um familiar, amigo mais próximo até um líder religioso, um profissional da psicologia ou serviços como o CVV – Centro de Valorização da Vida: www.cvv.org.br – acessa e veja as outras formas de atendimento. Ressaltamos a necessidade de falar o ano todo sobre isso e não somente o mês de setembro. A vida é movimento e acontece a cada segundo do nosso cotidiano.

Sônia Borges

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