O Grito Contra a Violência Doméstica: Rompa o Silêncio e Descubra Como Denunciar o Agressor

Advogada Josy Moura Faz Apelo nas Redes Sociais e Incentiva Mulheres a Denunciarem Casos de Violência

O medo do agressor leva uma mulher na maioria das vezes a não denunciar a agressão – Foto/Nadine Shaabana/Unsplash

No retrospecto do ano de 2023, é impossível ignorar a crua realidade que se desdobrou nos lares brasileiros: o notável aumento nos casos de violência doméstica contra mulheres. Os números deste período desafiador fornecem um panorama crítico, clamando por uma análise imparcial.

No primeiro semestre de 2023, os registros de 1.902 homicídios femininos apontam para um crescimento de 2,6% em relação ao ano anterior. São Paulo liderou as estatísticas, contabilizando 230 casos, enquanto o Amapá, de maneira preocupante, dobrou o número de vítimas, passando de quatro para oito homicídios femininos.

Paralelamente, o levantamento revela que a média de assassinatos tipificados como feminicídio permaneceu inalterada em 38%, refletindo a persistência do problema. Além disso, os casos de estupro contra mulheres aumentaram 14,9%, totalizando 34 mil ocorrências no primeiro semestre de 2023.

Neste cenário desafiador, destaca-se a presença ativa da advogada Josy Moura, conhecida popularmente como ‘Dra coragem ‘ devido sua história de vida . Sua atuação pioneira na defesa dos direitos das mulheres, destaca-se como uma voz proeminente em meio a essa realidade complexa.

Esta semana, a Dra. Josi direcionou uma mensagem poderosa aos seus seguidores por meio de um vídeo, destacando a relevância crucial de as mulheres denunciarem seus agressores, encorajando-as a superar o medo que muitas vezes as impede de buscar ajuda. No vídeo, a advogada reforçou a importância de quebrar o silêncio e compartilhou informações sobre os diferentes canais disponíveis para denúncias, promovendo a conscientização sobre os recursos e apoio disponíveis para aquelas que enfrentam situações de violência doméstica.

Em entrevista recente ela ressalta que o medo de denunciar ainda é um formidável obstáculo para muitas vítimas. Fatores como histórico de violência, dependência financeira e afetiva, falta de conhecimento sobre seus direitos e a vergonha de se afastar do agressor contribuem para a perpetuação desse ciclo nocivo.

Em suas palavras, Josy Moura destaca a importância das leis, notadamente a Lei Maria da Penha, que desempenham um papel crucial no combate à violência doméstica e no empoderamento das vítimas.

“A legislação é uma ferramenta poderosa para proteger e amparar as mulheres que sofrem com a violência doméstica. No entanto, é fundamental que haja uma conscientização contínua sobre esses direitos para que as vítimas se sintam encorajadas a denunciar e buscar ajuda”, ressalta a advogada.

Em meio ao preocupante aumento dos casos de violência doméstica, é importante destacar os recursos disponíveis para aquelas que enfrentam essa triste realidade. Denunciar, um passo corajoso, pode ser facilitado por meio de diferentes canais e iniciativas cruciais:

  1. Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher): Uma linha nacional operando 24 horas por dia, essa central oferece suporte integral, orientações especializadas e acolhimento necessário para mulheres vítimas de violência.
  2. Delegacias Especializadas: Em muitas cidades, delegacias especializadas no atendimento à mulher garantem um ambiente acolhedor, dotado de profissionais capacitados para lidar com casos delicados.
  3. Aplicativos de Denúncia: Alguns estados disponibilizam aplicativos dedicados a denúncias de violência contra a mulher, proporcionando uma maneira segura e discreta de reportar casos.
  4. ONGs e Grupos de Apoio: Organizações não governamentais e grupos comunitários emergem como peças cruciais, oferecendo suporte emocional, orientação jurídica e assistência prática para mulheres em situação vulnerável.
  5. Centros de Acolhimento: Em algumas localidades, centros de acolhimento fornecem refúgio temporário e os recursos necessários para ajudar mulheres a reconstruir suas vidas em meio à vulnerabilidade.

A denúncia, mais do que um direito, torna-se uma ferramenta poderosa para impulsionar mudanças de impacto e promover um ambiente onde todas as mulheres possam viver livres do espectro da violência doméstica.

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