Transição de governo Lula terá Alexandre Frota e aliados de Cláudio Castro e Paes

Equipe que coordena a troca de governo conta com mais de 400 pessoas, entre políticos e servidores


Alexandre Frota já foi ator, astro pornô, participante de reality show, funkeiro, ídolo da direita radical, bolsonarista, ex-bolsonarista fervoroso, tucano, e agora apóia Lula _ Imagem: André Porto/UOL

Com poucos dias até a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT),74 nomes entre deputados e senadores foram anunciados para compor a equipe de transição de seu governo. O deputado federal Alexandre Frota (Pros-SP) eleito na onda anti-política no ano de 2018 está entre os nomes citados para compor esta transição. Vale lembrar que Alexandre Frota é ex-aliado do atual Chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL) e mudou sua postura em relação a Lula durante seu mandato.
Nas redes sociais os internautas não perdoaram e Frota virou alvo de memes. Nas imagens, o ex-aliado de Bolsonaro aparece vestido com roupa de noiva e recebe o apelido de “redencionista”. Além de anônimos e outros famosos, o ator José de Abreu se posicionou nas redes sociais e pontuou que a participação de Alexandre Frota na transição é um “desrespeito” aos artistas pois o parlamentar é considerado uma “piada” no meio artístico. José de Abreu é um dos principais apoiadores de Lula durante a campanha e utilizou o recorrente uso das redes sociais para defender o petista.

“Nem Bolsonaro deve o desplante de aliar Frota à Cultura! Por isso a ruptura. Jesus Deus Pai! Meus sais”, _ escreveu o ator em seu perfil no Twitter.

Nesta transição Alexandre Frota acompanhará trabalhos no grupo da cultura onde também estão alocados parlamentares eleitos pelo Rio. A ex-governadora e deputada eleita Benedita da Silva (PT), e a deputada Jandira Feghali (PCdoB), reeleita para cumprir seu terceiro mandato, também compõem o grupo. Túlio Gadelha (Rede) e o ex-ministro Marcelo Calero (PSD-RJ), que ocupou a Esplanada durante o governo de Michel Temer (MDB) e hoje é secretário de Governo do prefeito Eduardo Paes também fazem parte do grupo. A aliança de Lula com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, garantiu que outro forte nome de Paes tivesse voz nessa etapa de transição: o deputado Pedro Paulo (PSD), secretário da Fazenda da Prefeitura anunciado para a equipe de Planejamento. Para integrar o grupo de Comunicações, o deputado federal Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) foi escolhido. Áureo é ligado ao eleitorado evangélico e da Baixada Fluminense, e faz parte também do grupo de aliados do governador Cláudio Castro (PL). Peça fundamental na investida feita por Lula no segundo turno no Estado do Rio, Ribeiro movimentou votos para o petista apesar de o governador ter pedido voto oficialmente para Bolsonaro. Daniele Ribeiro Barros, irmã do parlamentar Áureo, é a secretária de cultura do governo do Rio.
O deputado Alessandro Molon, presidente do PSD no Rio, não conseguiu se eleger para senado neste ano, mas possui presença no grupo temático de Meio Ambiente. Durante a campanha Molon teve atritos com o PT por não retirar a candidatura em prol de André Ceciliano, que também se candidatou ao senado e não se elegeu. Apesar das polêmicas, Molon seguiu apoiando Lula. O ex-prefeito Lindbergh Farias integrará o grupo de Desenvolvimento Social. De volta à Câmara, o petista vai compor o Centro de governo. Já Taliria Petrone (PSOL-RJ), terceira parlamentar mais votada no estado, estará na equipe de Igualdade Racial.

Durante todo o período eleitoral os números de fake News dispararam e uma delas recentemente divulgada, diz que governo de transição Lula tem 18 membros condenados na operação Lava Jato. A informação é falsa. Há integrantes do grupo de transição do petista que chegaram a ser presos ou alvo de denúncias, no entanto, nenhum com condenação.

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