E para completar a matéria anterior, dou sequência de como funciona este “mundo” fantástico que é o cérebro de um adolescente em formação.
O cérebro do adolescente contém níveis baixos de serotonina e dopamina, são neurotransmissores que proporcionam sensação de prazer e bem estar, e com a baixa dos mesmos acaba ocasionando o aumento da “agressividade”. A ousadia nas respostas, impaciência, um tom de voz um pouco mais alto, explosões de raiva e comportamentos impulsivos são justificados pelo aumento da testosterona, que ocorre para equilibrar a baixa da dopamina e serotonina, nesta fase de transformação.
Por exemplo: Vício do celular, não desgrudam dele com facilidade.
O cérebro deles busca constantemente estímulos e por não ter ainda acesso ao córtex pré frontal, não conseguem enviar a si mesmos as mensagens de “chega por hoje”, “preciso me concentrar” , “preciso estudar”.
Neste momento é importante, enquanto pais e educadores, estarmos atentos para pontuarmos e colocarmos o limite, direcionarmos à tomadas de decisões mais assertivas, facilitando comportamentos mais produtivos.
Esta fase da transformação e amadurecimento cerebral, por ser uma fase de transição com muitas emoções novas, os adolescentes ficam bem vulneráveis, e com isso torna – se mais fácil desencadearem depressão e transtorno de ansiedade. Outros fatores como o meio que vivem, com quem vivem, como vivem, traumas, genéticas, contribuem para alterações do humor e desestabilidades emocionais. O importante é identificarmos logo o “excesso” e iniciar o tratamento, que não necessariamente seja o medicamentoso, uma terapia, mudanças de hábitos podem já ser a cura.
– Isolar, ganhar peso e parar de cuidar de si, são algumas situações que já chamam atenção.
A maneira como o adolescente vê o mundo é resultado de um cérebro que está em plena transformação. E quando temos este entendimento é fácil considerar que o comportamento do adolescente não é puro resultado de atitudes ou decisões rebeldes, é apenas o produto de uma fase de mudanças neurais intensas e inevitáveis.
Precisamos tirar o rótulo para esta fase.
Pequenas orientações irão ajudar o seu adolescente:
– Crie rotinas para dormir, estudar, diversão, alimentação
– Elogie sempre
– Coloque limites, sendo flexíveis
– Motive a atividade física, irá ajudar no aumento da dopamina e serotonina
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Solange Cardão
Enfermeira, Coach, Mentora de pais de adolescentes, Mentora de adolescentes, Facilitadora de Roda de Conversa
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